Sufoco das famílias com juros altos? “Importa agir com antecipação”

Está traçado o caminho para um novo agravamento das prestações da casa nos créditos habitação a taxa variável. O Banco Central Europeu (BCE) voltou a subir os juros diretores na passada quinta-feira (dia 14 de setembro), uma decisão que deverá dar um novo estímulo ao aumento da Euribor. E com a prestação da casa, a par da...
18 set 2023 min de leitura

No rescaldo da decisão do regulador europeu, que elevou a taxa de refinanciamento para os 4,50 % (a mais elevada em 22 anos), Miguel Cabrita diz que “a decisão do BCE já era expectável, atendendo a que a inflação ainda se encontra longe da referência dos 2%” – fixou-se em 5,3% na Zona Euro em agosto. E acredita que, seguindo a recente política monetária, “as taxas de juro [do BCE] subirão até haver garantias de que a inflação está controlada”..

Estas são más notícias para quem está a pagar crédito habitação ou pensa comprar casa com recurso a financiamento bancário, uma vez que o mais provável é que a Euribor – que está hoje em torno de 4% - vá refletir rapidamente este novo aumento (assim como os próximos). “É importante não esquecer que já houve registo da Euribor acima dos 5%”, avisa o responsável.

"O mais importante é que cada família aja em antecipação e procure o banco sempre que preveja que poderá passar por algum tipo de dificuldade".

A questão é que à medida que as taxas Euribor sobem, a taxa de esforço das famílias com o empréstimo da casa vai aumentando, esmagando os rendimentos disponíveis e tornando muitas vezes insustentável a gestão do orçamento doméstico. Aqui, “o mais importante é que cada família aja em antecipação e procure o banco sempre que preveja que poderá passar por algum tipo de dificuldade. As entidades bancárias têm mecanismos estruturados para procurar soluções que evitem o incumprimento sempre e quando haja essa possibilidade”, recomenda o responsável pelo idealista/créditohabitação em Portugal.

Há, na verdade, várias possibilidades de as famílias baixarem a prestação da casa face à atual subida das taxas de juro. Além do recurso aos apoios do Governo – como é o caso da bonificação de juros que vai ser alargada em breve -, as famílias podem recorrer à renegociação dos empréstimos (que têm novas regras), à transferência dos créditos habitação para outros bancos (com melhores condições) ou até decidir vender a casa e comprar outra mais barata, de forma a “minimizar o impacto da subida das taxas de juro”, aponta Miguel Cabrita em entrevista ao idealista/news.

Fonte: idealista 

 

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